domingo, 5 de março de 2006

Desabafo ou coisa assim


Bem, só iam voltar a ler-me daqui a alguns dias, mas senti a necessidade de escrever isto.

E enquanto me vinha vindo o "desabafo" à cabeça e ia fazendo outras coisas que tinha que fazer antes, esqueci-me do início!!!! MERDA!

Ok, tem a ver com a operação (não consigo adjectivá-la neste preciso momento).


E entretanto fui à casinha e veio-me isto à ideia: E esta dor de dentes também não ajuda a concentrar-me. E no entanto, essa dor de dentes foi o "motor de arranque" deste "desabafo"!
Ok, comecemos por aqui então.
Há uns 3 anos atrás, debatia-me com dores de dentes atrozes. Muuuuuuuuuito piores do que esta! Uma coisa impossível.
Andava a tratar-me num (bom) dentista (pelo menos dava a impressão de ser bom), mas aquilo era tratar uma coisa e logo a seguir vinha outra! Pairava sobre mim, na época, a história (então já antiga) do alumínio (chumbo) nos dentes, e de como era potencialmente... venenoso ou cancerígeno, já não me lembro bem, mas definitivamente... mau!
As dores de dentes em crescendo faziam-me "desconfiar" do tratamento dentistico - não das competências do dentista enquanto tal, mas da ontodentária (é este o termo para a ciência dos dentistas, não é?).
Outra ideia pairava também sobre mim nessa altura com particular intensidade: os sintomas físicos são reflexos da nossa maneira de estar. I.e., a mente afecta o corpo, MELHOR DITO, a mente REGE o corpo!!! O que é dose para um diabético desde os três anos de idade... Mas na altura... já repararam que sou um diabético "INCONFORMADO", não repararam? ;)

Resumindo a história dentária, deixando-me de entretantos e passando aos finalmentes: pronto, lá vai desvio outra vez(!): quando eu andava nos vinte e piquinhos, tinha o mau hábito de descarregar os nervos no sistema digestivo, i.e. flatulência (que além do aspecto de "barriga de cerveja", coadjuvado pelo facto de que quando deixei de beber (o que até foi antes dos 20!), o pessoal dos bares não acreditava que eu queria mesmo um sumo ou uma cola e enchiam-me um copo (ou caneca) de cerveja), dava-me então (a flatulência) umas cólicas mais ou menos... Nos vinte e picos o "sintoma" já era na linha da "soltagem" intestinal, sintoma este que eu já atribuía mais aos anos de excesso de alcool (desde os 15), mas que controlava muito bem com o consumo regular de marijuana ou haxixe (canabináceos)...

Mas, indo finalmente ao finalmente (do digestivo): a coisa só se resolveu quando interiorizei que o problema era de facto nervoso, que se repercutia no sistema digestivo.
Estaria então agora (*então, na altura do dentário), a descarregar os meus nervos nos dentes?... A resposta veio com a minha asserção: "O Mundo que acabe, desde que não me doam os dentes!". A dor de dentes parou... e o Mundo não acabou! O que é bom... :)
Um efeito secundário interessante (interessante pela "revelação", assim como por ser consentâneo com as minhas convicções do momento), foi ter-me começado a cair o chumbo dos dentes, que eu não sabia se era alumínio ou não, mas que certemente, não era "meu" (embora o tivesse pago LOL), não era "natural"...
Será que já estão a ver onde quero chegar?...

Mas há mais! Ainda sobre o "dentário"!!! Pronto, respirem lá um bocadinho... Já está? Bute então!
Já tinha sido antes deste meu dentista que uma outra dentista... Minto... Uma auxiliar de dentista disse enquanto a dentista propriamente dita me examinava os dentes... "Xiii! Ele tem os dentes todos desvitalizados!..." Ao que a dentista respondeu (não sem um certo nervosismo de "corta! Num assustes o rapaz!"), "E ainda bem!" Não tinha sido ela que mos tinha desvitalizado, mas agora ELA já não podia fazer nada... Mas a reacção da dentista à frase da auxiliar deixou-me bem claro que... aquilo não era bom... :(
Ela acrescentou, porém, que era só "deste lado" (o direito). E sabem que mais... É verdade que sinto mais raramente dor nos dentes do lado direito (estão "desvitalizados", "mortos"... os mortos não sentem...), mas também é verdade que, de vez em quando, ainda o ano passado me aconteceu, TRINC! Dou uma dentada numa coisa dura... tiro da boca... e voila! Uma esquina de dente partido! Não me doeu nada, mas esse facto, aliado ao facto de só o esmalte ser ainda duro, mas o marfim já estar mole, revela-me que o dente partiu, porque está desvitralizado!
Estão a ver melhor onde eu quero chegar, não estão?... Desculpem insistir no óbvio, mas... só a ideia dá-me medo... MUITO MEDO! Sabia lá eu, quando o outro dentista me desvitalizou os dentes - um espectáculo de dentista, nunca me deu uma única anestesia e nunca me doeu nada! Cheguei a adormecer na cadeira dele, de boca aberta, com o homem a escarafunchar e tudo... até ouvir a broca! - mas, dizia eu, sabendo que os meus dentes estavam a ser desvitalizados, sabia lá eu que efeitos aquilo me viria a trazer dentro de 5 ou 10 anos!!!

Ok, agora preciso de uma pausa. Tenho um mail para escrever em inglês, ah! e outro em português! Mas acho o inglês mais importante neste momento. Venho já!


Pronto, ainda não escrevi mail nenhum, porque pus-me na treta, no messenger, com uma amiga que me pôs (parcialmente) juízo na cabeça. E agora estou à espera que o almoço se acabe de cozinhar.

E onde é que eu ia afinal? Ah pois, ia fazer outro salto no tempo, da fase dentária para a ocular. E sambem a melhor/pior?... Eu já sei que É IGUAL!!! Topem-me bem esta breve (espero eu, sinceramente, que tenho mais que fazer) história:
ABRIR PARÊNTESIS: Se tenho mais que fazer e já conheço o raio da história, porque raio então não páro de contar a história e vou fazer o que tenho a fazer? Simples: Porque ainda me doi o dente! Ou seja, o que tenho aqui dentro ainda não saiu tudo... Capiche?
Não, acho que não vai passar para vocês, meus queridos e queridas fãs. Não é assim que funciona. Não neste caso, pelo menos. Não per se, pelo menos. Digamos apenas que vocês também têm os vossos papéis... FECHAR PARÊNTESIS

Em Janeiro ou Fevereiro de 2005, estava eu com a adiar um trabalho há 3 semanas. Era um trabalho no computador, que eu podia fazer em casa. O único problema era que, passados 5 minutos a olhar para o ecran, este tornava-se todo branco, ou preto, ou fosse lá qual fosse a cor de fundo. Eu não consegui mesmo ler mais que cinco minutos seguidos.
Telefona-me então um amigo. Conversa puxa conversa e falei-lhe do trabalho que não conseguia fazer. "Porquê?" "Bem, porque a minha visão... não melhorou...". Ofereceu-se para me ajudar. Mas eu disse que não, que estava deprimido (e estava bastante), que preferia fazer aquilo sozinho, que me desenrascava melhor assim. Mas ele insistiu e que trazia o cão dele e tal...
Ora, esse canídeo é um animal fantástico, e um dos traços mais fortes da sua personalidade é uma aparentemente total ausência de sentido ou noção do ridículo! É impossível ficar deprimido ao lado dele. :D
Com as gargalhadas que dei graças a ele, mais o dono do bicho a apoar-me e picar-me para trabalhar, o resultado foram 5 horas seguidas a olhar para o ecran!... E o trabalho feito! ;)

Vou ver do almoço... Está quase!

Ora aquele foi o "ponto de viragem" - bem, um dos três pontos de viragem, ;)
Antes, no final de 2004, a médica já me queria ter inscrito para fazer a cirurgia que vou agora fazer - acho que ainda não falei disto neste blog. Simplesmente, aquando do diagnóstico da hemorragia que tinha (sim, TINHA, no passado) nesse olho, a médica tinha-me dito que poderia a mesma limpar sozinha, mas que poderia demorar meio ano ou até um ano. E quando ela me falou depois em fazer a cirurgia, esses seis meses ainda não tinham passado!... E além disso, já tinhamos tido um "atrito de personalidades"... Recusei.
A hemorragia limpou sozinha! :D Dei-me conta disso no início do verão passado. Um dia em que acordei à tarde (depois de uma sesta), e olhei pela janela. Estava um lindo dia de sol, e eu pude aperceber-me que a capa preta que já me habituara a ver à frente do olho esquerdo (o sangue), tinha quase completamente desaparecido - era agora apenas um pequeno ponto na parte de cima! :D
No entanto, eu continuava sem ver quase nada. Embora, com aquela boa luz, conseguisse já ver a sombra da minha mão (e distinguir os dedos! :D) a passar à frente do olho (e não apenas de lado, naquela frestazinha que o sangue nunca tapou), mas mesmo À minha frente, onde antes a hemorragia só deixava perceber se havia luz "lá fora" ou não.
Pensei que o olho se tinha desabituado de ver, por estar tapado há quase um ano. Foi só no início do Outono que, por voltar ao hospital, me confirmaram que o sangue tinha desaparecido, mas antes de desaparecer tinha deixado uma "membrana" de condensação. Esta menos espessa que o sangue propriamente dito, e oferece-me um pouquinho mais de visão diurna. Mas, na maior parte ds situações práticas, confesso que ainda é bastante... até me custa dizer isto, até com medo de ofender o meu olho, que tanto tem surpreendido pela positiva, depois desta dura prova... bom, mas não tem grande utilidade prática neste momento. A não ser talvez que eu me dedicasse à pintura de sombras. Era capaz de ser giro... mas já estou a divagar outra vez!

Pronto, já almocei! :)


E muitas outras coisas! Cujo momento de falar não me parece ser o agora. Por isso, boa semana (ou menos, com sorte!), e façam lá o favor de serem felizes, sim?


P.S.: Assinei na Sexta-feira um papel, a autorizar a cirurgia e tal... Mas isso já foi (mais uma vez! Começa a ser hábito!) depois de me colocarem umas gotas para dilatar as pupilas nos olhos, o que permite aos oftalmologistas vcr melhor o que se passa, mas põe-nos a nós como morcegos hiper-sensíveis à luz...
Espero não ter assinado nenhuma doação de orgãos... :s
Ok, era para rir... DMC, era para rir! Ok, tenho mais que fazer do que convencer-me disto agora! :P

Ciao! Digo, A rivederci!

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