segunda-feira, 27 de fevereiro de 2006

Graus de Maldade/Bondade deste blog!

Poderão já ter reparado que, aí à esquerda, em baixo, coloquei duas imagens referentes ao nível de Maldade e Bondade deste blog.

Estão aí desde o dia 16 de Fecereiro. Nessa altura, estava a 48% Maldade vs 52% Bondade.

Esse valor não se actualiza automaticamente. É preciso "clicar" numa das imagens para se abrir uma nova janela (ou "aba/sperador" se usarem um web-browser que o suporte), na qual é apresentado o valor actual.
E eu, depois, posso copiar o código HTML para o modelo deste blog, para que todos possam ver o resultado actual.


Comecei portanto em 48%/52%. E, como podem ver, antes da publicação desta entrada, já estava em 20%Maldade e 80%Bondade...
Ou seja, aproximo-me (ou este blog) perigosamente da Santidade! Ao ritmo que isto "melhora"!...

Tenho que tomar medidas profiláticas urgentes quanto a isto.

domingo, 26 de fevereiro de 2006

Efeitos colaterais

Reparei, assim meio por acaso, que não me foi tão difícil como pensava escrever o artigo "Auto-domínio".
Aliás, saiu até muito fluidamente.
Mais interessante (mas relacionado), mantive-me calmo ao longo da escrita... Quando, normalmente, recordar essas experiências quase me transportava de volta a esses sentimentos e emoções!...
Confesso que estava até à espera de quando me iria "bater" isso! MAs nada...

Estou contente por essas recordações já não me perturbarem. E continuo sem a mínima vontade de voltar a essas experiências... Simplesmente, também já não me perturbam...
Estou bem! Estou sereno. :)

sábado, 25 de fevereiro de 2006

"Ultrapassar a felicidade"

"Ultrapassar a felicidade" (em inglês)

É isto que o meu psicólog está a ajudar-me a fazer...
Conscientemente, entendo a mensagem do texto e "interiorizei-a" há já muito tempo.
Mas estranhamente, subconscientemente/inconscientemente, não é/era esta a minha realidade... Aquela que nos faz agir quando estamos relaxados, entusiasmados ou determinados...


O psicólogo vem-me falando desde o início... "mas subcoonscientemente"...
À falta do meu *real* entendimento dessas palavras, ou talvezs complçementarmente, tem-me falado também da minha "confiança no psicólogo".
Foi principalmente disto que falamos ontem. De como tenho receio que ele me exponha "lá fora". (Aqui, não tenho grandes novidades a dizer a quem sabe quem está por trás de DMC, a não ser talvez relembrar o que já disse e mostrei no passado.)
De como me é mais difícil confiar no que não conheço. De como, se eu estivesse no lugar dele, do psicólogo, a "levar"/ouvir tudo o que eu lhe digo, multiplicado por não sei quantos outros pacientes que ele tem (e que também não sei como são)... não sei se eu agunetaria...

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006

Mais ainda!


Relacionado com as questões do meu auto-domínio e da minha agressovidade parece estar também, segundo o psicólogo, o meu perfeccionismo. Eu exijo muito de mim mesmo...
Não me identifico muito com isso. Mas é verdade que, às vezes, só às vezes, gostava de ter mais tempo para fazer as coisas mais perfeitinhas...
E sim, sei que exijo bastante de mim, nomeadamente a nível ético (principalmente quando me sinto rodeado de pessoas assim, éticas! Coisa rara... LOL).
E sim, perdoo muitas coisas às outras pessoas. O que, muitas vezes, exige um grande esforço de mim.
E sim, "intrinsecamente", sofro de um certo "perfeccionismo", aquele a que me referia antes, aquele para o qual gostava de ter mais tempo, nomeadamente a nível profissional... como um relojoeiro artesanal suíço...

Concisões


Sendo mais conciso sobre o que disse na entrada anterior...
Quando, no final, digo que a minha agressividade é algo que me é completamente desconhecido, não me refiro a qualquer agressividade, nem propriamente à agressividade física "do momento", "a quente". Não, essa, não me sendo muito comum de ver, conheço bem. Quando é preciso, sou tão agressivo a quente, no frente-a-frente como outro qualquer. Ou mais! :P
Falo daquela que nos vem quando estamos sós... a frio... Falo de pensamentos e sentimentos "negativos", nem sempre agressivos... que raramente me permito ter... Ou quando permito, são apenas um... "ponto de passagem", algo de mau em mim que eu vou conhecer para ultrapassar... Algo que, acontecimentos mais recentes fizeram vir ao de cima com mais força.
Falo de deixar de me sentir culpado por querer mal a alguém que me fez mal...
Falo de que, se calhar, eu que até sou um gajo que nem dá importância às mesquinhices dos outros... se calhar até dou... se calhar até me enfurece... mas simplesmente não permito (não perimitIA) que viessem ao de cima e me fizessem agir...
É mais isto...
Estou habituado a ser agressivo com as minhas próprias mesquinhices, mas não com as dos outros...
Algo que tem que e vai mudar.

Auto-domínio

Este é o artigo mais difícil que terei escrito até agora. Mas cá vai...

Comecemos pelo "início"...
A semana passada, estava eu a chegar ao consultório do psicólogo, telefonaram-me a dizer que a consulta iria atrasar-se 20 minutos. Tudo bem. Entretive bem o tempo no entretanto (pode até ter sido devido a este incidente que conseguirei o meu emprego; pelo menos concorri a mais um conjunto de quatro). Chegando lá, esperei mais 20 minutos. No total, a consulta começou 40 minutos mais tarde.
O psicólogo referiu isso... como o ponto de partida para eu perceber que não sou só eu que falho. Toda a gente falha... Mas antes de chegar(mos) a essa conclusão ele ainda tentou puxar pela minha "raiva" perante a situação - o que até nem seria sem sentido, uma vez que ele sabe que, para chegar a horas à consulta, tenho dormido em casa de uma amiga (sozinho(helas!), em cama estranha e mais perto do gabinete dele, tem resultado...). Ou seja, exceptuando uma vez em que a consulta foi de tarde, desde Quinta-feira à noite até Sexta à hora do almoço, esqueço tudo o que tenha potencial para me desviar de chegar à consulta a horas!
No entanto, tendo em conta o que escrevi "Novidades (resumindo todas as entradas sobre Retinopatia)", esta é, possivelmente a coisa mais importante que eu tenho para fazer agora, uma vez que trata directamente de resolver o meu maior probvlema actual: falta de controlo/auto-domínio. Sem isso, não consigo resolver o meu problema da retinopatia, conseguir e manter um emprego ou ter relacionamentos saudáveis e felizes...
Daí eu entrar num certo estado... de "paz absoluta e imperturbável" durante o período que vai de Quinta à noite até Sexta de manhã. Não posso permitir-me distrações que me possam fazer perder a consulta e o prosseguimento daquilo que procura alcançar através dela.

O auto-domínio foi o nome a que eu e o psicólogo chegamos no fim da minha primeira consulta deste ano... Isto a proósito do que me levava a eu pedir (de novo) a sua ajuda, um ano depois... De eu falar do meu problema agudo com horários... Dos problemas pessoais que tive na segunda metade do ano passado... Dos meus primeiros anos de vida e da minha família... Do meu vício de dois meses na cocaína (essa toda!) e do que sentia antes (enquanto a fumava, na "prata") e depois (a ressaca).
Enquanto a cocaína fazia o seu efeito... o que é que eu sentia? "Um domínio, auto-domínio... Como nunca senti antes nem depois."
"Claro que a ressaca era exactamente ao contrário." E era mesmo. Enquanto fumava, estava cheio de força, inteligência e coragem. Depois... fraco como tudo, burro como um cepo, cobarde.

Um pequeno àparte, que talvez interesse ao(à) leitor(a) sobre os efeitos neuro-biológicos da cocaína. A cocaína (tal como qualquer outra droga "recreativa", incluindo o alcool, o tabaco ou o chocolate), tem um efeito directo sobre os receptores de dopamina, associados à sensação de prazer e satisfação.
No entanto, e nisto a cocaína é (quase) única, a "branquinha" tem outro efeito... Existe uma coisa chamada adrenalina que (como saberão), é uma hormona produzida naturalmente pelo corpo humano para reagir a situações de alto risco.
Na realidade (e aqui já falo por dedução, não por leitura de artigos científicos), é uma hormona que está "activa" em nós mais vezes do que pensamos... Simplesmente está em "equilíbrio", em doses moderadas e contrabalanceada por outras hormonas "calmantes". Permite-nos continuar a "lutar" pela vida, ao mesmo tempo que saboreamos outras sensações.
Esta "luta pela vida" pode ser fonte de prazer... É muitas vezes associada à expressão "sentir-me vivo(a)". Há formas "naturais" de sentir isto, quer através dos chamados "desportos radicais", quer ainda, em termos genéricos, e inclusive em contexto profissional, exprimida pela palavra "desafio". De facto, estudos científicos sobre o stress, dividem o dito em duas formas: eustress e distress. O primeiro é um stress positivo, produtivo, sinónimo de "entusiasmo" e reacção positiva ao desafio. O segundo é negativo, destrutivo, aquilo em que normalmente pensamos quando falamos de "stress", desânimo, exaustão e/ou frustração perante o problema. Estudos mostram que o eustress não consegue ser mantido indefinidamente, tem de haver um período de descanso entre desafios/tensões, caso contrário, o mesmo acaba por levar à exaustão. Note-se que o descanso pode ser activo, ou seja, uma mudança de um desafio para outro pode ser tão revitalizante como o descanso passivo - isto varia de pessoa para pessoa e de situação para situação... para resumir a coisa. Abaixo um gráfico do Eustress/Distress (partindo de uma reacção positiva faze a um "problema" ;)):
Voltando `cocaína (salvo seja!)... O efeito da adrenalina é anulado por uma outra subst^»ancia que libertamos naturalmente no nosso corpo, chamada noradrenalina. Esta "entra" quando o "risco" que desencadeou o "pico de adrenalina" desaparece... ou seja, quando "desta já nos safamos!" E é aqui que entra a cocaína! Esta ... coisa... anula o quê?... Anula o efeito da noradrenalina!!! Ou seja, o corpo continua a "pedir" adrenalina... Mesmo não existindo nenhum perigo real que o justifique! Percebem?... Sentadinhos, "a dar na prata", sem a mínima preocupação e a sensação é como se estivessem ao volante de um Fórmula 1!... Até o corpo já não conseguir produzir mais adrenalina, ou sequer lidar com a que já tem a correr.
Grande "pequeno" àparte, hein?...

A minha "saída" da cocaína teve origem numa noite em que fui para a praia com uns amigos, beber vinho e fumar uns charritos. Tudo muito "inocente"... Que eu soubesse ou saiba, ninguém ali andava nas "duras". estava tudo na galhofa e tal, sem stresses, quando, quase de repente, eu começo a chorar incontrolavelmente. Aquilo foi, para mim, naquele momento, descer demasiado abaixo de mim.
Os meus amigos foram impecáveis comigo, depois de duas ou três perguntas, simplesmente levaram-me a casa. Lá, sozinho, confrontei-me com duas hipóteses: ir comprar meia-grama (uma seria demais naquele estado), ou passar tudo para o papel. Escolhi a segunda. Não foi fácil.
A título de exemplo, e porque este blog é sobre diabetes, durante 40 horas não conseguia comer - as náuseas que me davam quando tentava eram fortes demais. "Mas os diabéticos não têm que comer a horas certas?" perguntarão talvez vocês. Pois... e os tipo 1 como eu também têm que tomar injecções de insulina diariamente. Durante essas 40 horas, também não tomei insulina - dava-me tonturas. Morava então sozinho.
Finalmente, esgotado pela ressaca, sem comer e sem insulina... estava quase a pontos de ir para o hospital (sabe Deus como lá conseguiria chegar!), fui vomitar à casa de banho, arrastando-me literalmente pelo chão até lá chegar desde a cama abaixo da qual me atirei. Voltei para a divisão principal (era um T0), tomei a insulina e comecei a recomeçar a viver. Foi isto há cerca de seis anos e meio.
Tive três "recaídas", na verdade foram três "experiências únicas". Ou sejam, foram três vezes em que voltei a consumir, mas que findo o "produto", não voltei a buscar mais durante um longo período. A primeira foi uns 3 ou 4 meses depois de largar. A segunda, uns 8 ou 9 meses depois. A terceira, cerca de dois anos depois da segunda.
Chegaram a dizer-me que eu não sabia (nem sei) o que é estar viciado na coca, pois enquanto a fumava ainda estava bem. Ok, entendo isso, mas o que eu sei do vício da cocaína, para mim, chega e sobra! Durante mais de um ano após a minha saída, acontecia-me ainda, com alguma frequência (talvez uma vez por mês ou em dois meses), sentir uma vontade quase incontrolável de fumar "branca". Tudo o que eu podia fazer ,nesses momentos, era sentar-me e esperar que passasse. Mais nada! Nem pensar sequer.

Mas tudo isto veio a propósito do meu auto-domínio... Ao longo da minha última consulta, percebeu-se (o meu psicólogo vai-me ajudando a conhecer-me a mim mesmo, e é assim também que ele me vai conhecendo) que eu tenho um trauma contra a minha própria agressividade. Um "trauma contra a minha própria agressividade" foi o que eu disse - NÃO disse que sou uma pessoa agressiva!! Pelo contrário: é esse o meu problema: tento controlar em demasia a minha agressividade!... Tento controlar-me demasiado... E o problema é que consigo... até rebentar... normalmente cá dentro e longe de olhares alheios...
E depois de rebentar, volto ao "auto-controlo"... Está mal! Este ciclo controlo-descontrolo foi gradualmente aumentando o meu... descontrolo... obviamente! Este meu descontrolo repercutiu-se em imobilidade. Primeiro, passei por uma fase de inércia excessiva. Se ia a 1200km/h não parava! Se estava parado, não arrancava... Os arranques que me ia forçando a fazer acabavam por ir de encontro a... paredes de betão! As dores de cabeça levaram-me a tendencialmente... parar. Até ao ponto em que já quase não tinha iniciativa para nada.
Aqui, tenho que fazer uma nota: Sinceramente, há muito que me irritavam e ainda irritam as pessoas que, tendo tudo para dar certo... simplesmente não davam nem dão o pouquíssimo que precisam para as coisas andarem, por pura preguiça e comodismo! EU NUNCA cheguei a este extremo!
O que disse acima, sobre a minha inércia e imobilidade, refere-se ao potencial que eu sei que tenho, que já realizei algumas vezes, e que, esse potencial... pareci ter perdido. Não foi nada como "alapar-me" À sombra da bananeira e deixar-me estar sossegadinho... Foi mais o contrário... Tanto mexer e procurar que... como um tremor... como tremer tanto tanto tanto que acabamos por "gelar" hirtos. O corpo não está descontraído. Está tenso... tão tenso que mexer pode partir. Tão tenso que já não controlamos a energia que temos acumulada. E por isso temos medo de a usar.
Consegui ter iniciativa para pedir ajuda. E estou a ser ajudado.

Por hoje, fico-me por aqui, que já não é pouco. Tenciono depois falar de como o auto-controlo execessivo me faz ter medo de deixar ir...
De como tenho medo de errar, e de como tenho mais medo ainda de "esquecer" esse medo... Com medo de voltar a cair numa cocaína ou coisa parecida.
De como tenho que ir soltando isto, e ao mesmo tempo continuar a viver e a lutar pela vida quando necessário.
E pronto, acho que acabei de falar do que queria! :D

Só mais uma coisa!!! Caí na cocaína porque ela me dava o domínio que eu pensava que precisava! Mais do que disse nas frases anteriores... é isto!
Tenho que aprender a confiar mais no imprevisto e no incontrolável.
E, aquilo que me disse o psicólogo, tenho que aprender a confiar mais no meu lado agressivo... Aquele que eu tentei quase toda a minha vida fechar em mim... ao ponto de ser uma coisa que, como eu lhe disse, me faz sentir "medo, frustração, tensão... e que me é completamente desconhecida." Uma parte de mim que me é completamente desconhecida e que preciso conhecer...

sábado, 11 de fevereiro de 2006

Mais recente visita ao psicólogo...

Isto continua...

A consulta hoje foi às 16h00, pelo que me foi mais fácil chegar a horas... Sim, parte do problema da pontualidade tem a ver com o deitar tarde e (não) levantar cedo... Embora também tenha tido problemas ao longo de todo o dia... EMBORA... "tenha tido" esteja incompleto!!! "Tenha tido problemas no passado (embora recente!)" é mais correcto! :D

É verdade, tenho conseguido chegar a horas aos sítios que me proponho! Ainda preciso de melhorar a minha gestão global do tempo... assim como estar mais a par dos diversos horários!... eh!
Mas as consultas no psicólogo estão a dar resultados muito rapidamente. Pelo que leram (ou tiveram oportunidade de ler) antes, desde o artigo "Novidades (resumindo todas as entradas sobre Retinopatia)"´, terão percebido que eu estava mesmo mal. O termo mais correcto seria "desesperado"! Bem, perto disso, pelo menos... Já descobri há algum tempo que o desespero não me costuma dar bons resultados... ;)

De qualquer forma, e embora já o tenha dito (porra, eu hoje ando a abusar do "embora", não?!), na última entrada sobre as consultas no psicólogo, "permitir-me ser desorganizado" tem-me dado muito bons resultados! :) Parece que desbloqueei a minha relação com o Mundo!!! Ok, isto já está a ficar com um ar zen ou coisa assim, mas... como dizer isto sem parecer "vulgar"... que se ----!
As coisas têm acontecido. E têm acontecido porque eu deixei (cada vez mais) de tentar controlá-las! Não que tenha sido uma viagem de passeio... mas finalmente as coisas avançam!


Hoje, a consulta foi mais... acesa(?!)! Ok ok ok... eu tento explicar... Eu e o psicólogo entramos num certo confronto... Passamos do eu falar coisas, ele tirar notas e ir-me dando umas dicas para eu continuar (boas dicas, diga-se de passagem), para um...
Bem, o que aconteceu foi que ele estava a ver algo em mim que eu não via! No passado, ele já conseguiu fazer isto, aliás, logo na primeira consulta, há cerca de um ano atrás... Voltou a cosneguir fazê-lo uma vez ou outra este ano, que lá voltei...

No entanto, hoje, a coisa não encaixava... No início, eu ia tentando completar o que eu tinha dito antes, como se não me tivesse explicado bem...
Depois, comecei a contra-argumentar com ele, como se realmente fosse ele que não estivesse a ouvir com a devida atenção/mente aberta...
Continuanado, e perante a minha negação absoluta da interpretação dele, ele "achegou" que acreditava que, conscientemente, eu não via nem era como ele me estava a dizer que eu lhe (a)parecia, mas subconscientemente... Fiz uma pausa e um momento de introspecção. O meu silêncio fê-lo falar um pouco. Ouvi.
Entramos depois num certo tom de discussão civilizada, mas abertamente confrontacional.
Finalmente, eu disse algo que, a julgar pela pausa dele, de duas uma: ou o fez ver finalmente o meu ponto de vista, ou lhe mostrou que eu tinha atingido um grau de auto-confiança suficiente para avançarmos o processo de psico-terapia. Mais provavelmente, foi a terceira!
Ok, a última frase lembra-me que, no final, embora tenha ficado a discussão "no ar" (i.e. nenhum dos dois deu o braço a torcer), eu ri-me! Pela primeira vez nestas consultas, desde o ano passado, EU RI no gabinete do psicólogo! :D

Notas:
1. Fomos bastante fundo nesta consulta. Ou seja, falamos de assuntos bastante... "difíceis", à falta de melhor termo... Como sempre tem feito, este psicólogo tornou a coisa mais... não direi "simples", nem "fácil"... DEU OS NOMES CERTOS ÀS COISAS!
2. Conceptualmente, este psicólogo é muito bom! Consegue identificar claramente o assunto de que se fala, a partir do chorrilho de "retalhos" que eu vou despejando... Ou seja, "sabe dar os nomes certos às coisas". Claro que eu também ajudo (ehehe), dada a minha capacidade de raciocínio e vontade de chamar as coisas pelos nomes... Mas a iniciativa disso tem partido sempre dele... e no moento certo. Crédito a quem o merece! ;)
3. No entanto, parece que "não me vê bem"! Ou seja, às vezes dá nomes errados!!! Parece contraditório, mas não é bem... Como explicar sem dar exemplos e expor demasiado a minha vida neste blog... (Mais?! perguntarão talvez vocês... Por acaso, não me lembro de alguma vez ter visto alguém analisar, mais ou menos sistematicamente, a sua relação com o seu psicólogo na net...). Por vezes ele pega nalguns retalhos e dá-lhes um nome - a sua interpretação não é incoerente... Apenas não acerta! Digamos que "houve uma falha na comunicação"... É o que se me sugere (quase?) sempre no momento... E no entanto, estas "falhas" levam-me a ir mais longe na minha auto-análise e nas minhas recordações... e nas minhas "libertações" também! :) E ele costuma "rematar" o final da consulta com um nome bem dado!... ;)
4. Hoje, não houve esse remate... Um passo necessário para a minha autonomia?...
5. Como lhe disse eu lá pelo final, costumo ficar a pensar na consulta (digamos que tenho flashbacks aos quais procuro dar um sentido, ou que me explicam algum acontecimento) até Segunda ou Terça-feira, mais ou menos. A partir daí, "vou em piloto-automático" até à consulta seguinte. Estou (quase) certo que me vai surgir algo mais concreto até lá. Não sei se será uma palavra certa ou um estado de espírito ou outra coisa, mas sei que virá.
6. Ontem, encontrei um artigo na Web, por mero acidente (se vos contasse do que eu andava à procura/a surfar, vocês não acreditavam!). Chama-se "Aceitar o Gesto" e está em inglês. Mas a leitura é fácil e a linguagem bastante acessível. O babelfish é até capaz de conseguir fazer uma boa tradução da coisa! ;) Parece-me algo importante. Pelo menos para mim. ;)

Paz,
~dmc~

domingo, 5 de fevereiro de 2006

FDA (EUA) aprova insulina inalada Exubera

Como a nótícia é de grande interesse (nem tanto para os diabéticos tipo 1 adultos como eu, mas prontos...), dei-me ao trabalho de a traduzir. Esta é a notícia como surgiu na página do site About.com (http://diabetes.about.com/od/insulinpills/a/Exubera.htm, visualizada em 04 Fev. 2006). O link para a notícia original da FDA (Food and Drug Administration) dos EUA, está no final do artigo, antes da data.
Então cá vai:

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FDA Aprova Insulina Inalada Exubera

Por Nina Nazor,
A sua Guia sobre Diabetes.
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A Food and Drug Administration aprovou finalmente a primeira insulina inalada. A Exubera é um pó inalável, feito de insulina humana recombinante (produzida através de um processo de engenharia genética) para o tratamento de pacientes adulto com diabetes de tipo 1 e de tipo 2.

Desde 1921, quando os investigadores canadianos Banting e Best descobriram a insulina e receberam o prémio Nobel pela sua descoberta, esta é a primeira vez que há uma opção para administrá-la, além das injecções. A Exubera estará disponível no mercado muito em breve.

Como é que a Exubera é administrada e como é que funciona?

A Exubera é inalada para os pulmões através da boca, usando um inalador, da mesma forma que os medicamentos para a asma são administrados.

A segurança e eficácia da Exubera têm sido estudadas durante os últimos anos em adultos com diabetes tipo 1 e tipo 2.

Os estudos mostram que a Exubera atinge o pico mais rapidamente que a insulina normal. O pico foi atingido aos 49 minutos (variando entre os 30 e os 90 minutos) com a Exubera, comparado com os 105 minutos (variando entre os 60 e os 240 minutos) com insulina normal.

Para pessoas com diabetes tipo 1, a Exubera pode ser usada em vez da insulina de acção rápida, tomada antes das refeições e em conjunção com a insulina de acção mais lenta.

Para pessoas com diabetes tipo 2, como com qualquer outro tipo de insulina, a Exubera pode ser usada separadamente, em conjunção com comprimidos ou com outros tipos de insulina.

É um sonho tornado realidade?

O endocrinologista perito em diabetes tipo 1, Dr. Richard K. Bernstein, autor de The Diabetes Solution e de Secrets To Normal Blood Sugars, deu a sua opinião a Diabetes in Control:

“Pode ser vantajoso para tipos 2 que estão a produzir muita da sua insulina para ajudá-los com os seus níveis de açúcar no sangue ou se precisarem de uma pequena dose para o fenómeno das madrugadas.. Não trará vantagem para aqueles com diabetes Tipo 1, porque não lhes permitirá um controlo preciso. Não se poderá usar com Tipos 1 ou Tipos 2 que tomam grandes quantidades de insulina. Quando se inala insulina, a imprevisibilidade será o factor mais negativo da sua utilização.”

“Pequenas doses de insulina injectada é muito previzível e quaisquer doses de insulina inalada é muito menos previsível nos seus efeitos sobre o açúcar no sangue, devido às mudanças na mucosa. Se a pessoa estiver constipada ou engripada ou com o nariz entupido, isso vai afectar a absorção.”

“Os estudos actuais sobre a insulina inalada mostraram alguma imprevisibilidade na absorção. Assim, para aqueles que têm diabete Tipo 1, poderia ser muito perigoso, por causa da sua imprevisibilidade.”

Efeitos secundários

Tal como acontece com qualquer tipo de insulina, o principal efeito secundário do Exubera é a hipoglicémia ou seja, baixos níves de açúcar no sangue. Pessoas que a usam devem monitorizar cuidadosamente os seus níveis de açúcar no sangue regularmente. Além disso, houve também registos de outros efeitos secundários tais como: tosse, falta de ar, garganta dorida e boca seca.

Quem não deverá usar Exubera?

Pessoas que fumam ou que deixaram de fumar há pouco e pacientes com asma, bronquite ou enfisema não deverão usar insulina inalada.

Há peritos que recomendam testar o funcionamento pulmonar antes de começar a usar a Exubera e a cada 6 a 12 meses depois de começar.

O patrocinador da Exubera, a empresa farmaceutica Pfizer, comprometeu-se a continuar a estudar os efeitos a longo-prazo e a sugurança do medicamento depois de ele ser comercializado.

Fonte: Notícias da FDA. FDA Approves First Ever Inhaled Insulin Combination Product for Treatment of Diabetes

27 de Janeiro de 2006


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"Permitir-me ser desorganizado"

O psicólogo deve estar doido!!!! LOL

Na Sexta-feira, no final da consulta, deu-me a sugestão de eu fazer algo que ele calcula (e calculava muito bem, até) me seja difícil: permitir-me ser desorganizado!!! :| :S

"Erm... eu estou aqui porque os meus níveis de desorganização já atingiram níveis insuportavelmente elevados, estupidamente mesmo!", teria eu dito se não tivesse ficado fixo a olhar para ele... ;)

"Pois, você é desorganizado, mas sente-se mal com isso..." Ainda bem que há pessoas que sabem ler nos olhos! Poupam-nos movimentos faciais! :)

Bem, está claro, como ele próprio disse depois, que a ideia é que eu já não tenho controlo sobre mim mesmo... porque andei tempo demais a tentar controlar-me... ;)
Logo, tenho que libertar os nós que dei em mim mesmo antes de conseguir algum controlo possível. Aliás, penso que faz também parte do processo eu ter uma noção m,ais clara do que é possível controlar e do que não é... Ou, talvez sendo mais realista ou coisa assim acabada em "ista", encontrar o meu equilívrio possível entre planeamento e lidar com o imprevisto.... Ou por aí, mais cabelo menos pintelho, ou vice-versa...

Bem, desde aí, até nem fiz nada de muito "out of control"... embora tenha andado 2 ou 3 km a pé para chegar a casa de manhã com uma bordoada mais ou menos...
Mas o mais interessante foram as coisas que me aconteceram, não as que eu fiz... Desde não ter envergonhado de morte uma amiga perante o pai dela por uma unha negra (eu não sabia que ele "lá" estava") até ser "controlado" por uma mulher ou homem com um sms "Onde vc esta? Me deixou so! =(" LOL, passando por CHEGAR PONTUALMENTE A UM JANTAR PARA O QUAL ME DISSERAM QUE O INÍCIO ERA MEIA-HORA ANTES DO REAL!!!!! É só rir...

P.S.: Enquanto escrevia esta entrada, recebi um mail de uma pessoa que tinha a certeza (quase) absoluta que não me ia contactar de sua livre e espontânea vontade. Foi um "forward", mas de longe dos melhores que tenho recebido! ROFL

P.P.S: Não conheço o número da pessoa que me enviou o SMS... Pois é, a minha reacção foi igual à vossa... Oooooooooooh! Mas respondi! LOL

P.P.P.S.: E agora, onde é que está aquele artigo que eu traduzi ontem e que não consegui publicar?!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006

"Novidades"

Consegui ir à consulta do psicólogo, na passada Sexta-feira! Pontualmente!
Aliás... estava na zona UMA HORA ANTES!!! Parece que é assim... para fazer uma coisa simples... chegar a horas a uma marcação, tenho que esquecer tudo o resto... Ou coisa assim.
Ocupei essa hora a ir buscar a 2ª via do atestado de incapacidade e a ver anúncios de emprego no jornal. Tudo num raio de 100 metros do local da consulta... LOL
Resultados da consulta: Eu e o psicólogo temos muito que falar! Nova consulta amanhã à mesma hora. Vou tentar seguir o mesmo esquema da semana passada.