sábado, 1 de setembro de 2007

Esclarecimento sobre a última entrada

Na minha última entrada neste blog, citei um artigo (sobre a cirurgia que pode curar a diabetes) que critiquei por não haver nesse artigo qualquer indicação se tal procedimento era aplicável a pessoas com diabetes tipo 1, tipo 2 ou ambas.


Este artigo reporta-se à mesma notícia e refere claramente que tal procedimento se aplica a portadores de diabetes tipo 2::
"Para proceder à realização do estudo, a equipa de investigadores realizou um desvio gástrico em sete pessoas com diabetes tipo 2, e cujo peso se encontrava entre o normal e o moderadamente obeso. Nove meses depois da cirurgia, os dois primeiros pacientes sujeitos à intervenção deixaram de receber medicação contra a diabetes, dado que, em apenas um mês, os níveis de açúcar no sangue e insulina apresentaram uma redução drástica." (negrito da minha autoria)

O mesmo artigo adianta também:
"O orientador do estudo, Francesco Rubino, da Universidade Católica de Roma, especula que o duodeno poderia ser a causa da resistência à insulina, responsável pela diabetes." (negrito da minha autoria)
E aqui está outra questão... É que nos diabéticos tipo 1 não há resistência à insulina, existe sim uma não-produção de insulina!
Assim, se este artigo é muito mais claro que o anterior sobre os destinatários desta solução, volta a induzir em erro os menos informados, sobre as diferentes causas para os diferentes tipos de diabetes...

E essas causas diferentes implicam cuidados e tratamentos diferentes! Na verdade, um diabético tipo 2 que tome insulina (por aquela causa, pois julgo que há outras causas para a diabetes tipo 2!), toma-a para saturar o corpo com a mesma e assim diminuir a capacidade de resistência do corpo à mesma (assim como que um "ataque" contínuo de insulina para diminuir as defesas do corpo com diabetes tipo 2 à mesma)!
Já no caso dos diabéticos tipo 1 não há nunca resistência à insulina! O pâncreas simplesmente não a produz! E como ainda não foi descoberta (ou provada a eficácia; ver a minha entrada sobre a cura de diabetes tipo 1 em ratos sobre este assunto) uma forma de voltar a possibilitar o pâncreas do diabético tipo 1 a produzir insulina, esta pessoa tem necessariamente que injectar insulina no seu corpo, a qual é aceite pelo mesmo sem qualquer problema...

Sobre os diferentes tipos de diabetes, ver esta minha entrada. Possivelmente, procederei a uma actualização da mesma num futuro mais ou menos próximo...


Saudações, diabéticas ou não!

2 comentários:

Anónimo disse...

Boas

Acabei de "pescar" este blog no google enquanto pesquisava sobre a Diabetes ao longo da história e gostei muito dos 3 artigos escritos em 2005 sobre o assunto.
Gostaria só de dar os parabens pelo blog e não não sou diabetico apenas uma parte de mim o é - o meu filho que tem agora 7 anos foi-lhe diagnosticada em Setembro de 2006.
Cumps

dmc disse...

Olá ers!

Grato pelo seu comentário. :-)

Quanto ao seu filho, MUITO IMPORTANTE:
Conheço um senhor, licenciado em Medicina Tradicional Chinesa que me disse que eu poderia não me ter, definitivamente, tornado diabético!... Eis o seu ponto de vista:
Eu "tornei-me" diabético na sequência de ter tido papeira - esta doença terá sido muito forte para o meu organismo de apenas 3 anos, o que levou o meu sistema imunitário a atacar o meu pâncreas - até aqui, é o que diz também a medicina convencional.
No entanto, este terapeuta diz que deveriam ter-me dado insulina durante apenas 3 a 6 meses! A continuação do "tratamento" fez com que o meu pâncreas se habituasse a não precisar de trabalhar - aliás, o meu pâncreas não teve sequer motivo ou oportunidade para recuperar-se...
Contou-me ele também que uma vez tratou uma menina de 6 anos em situação análoga (com massagem Shiatsu e alterações da dieta, se bem me lembro). "Era" a menina diabética há 6 meses. Com este tratamento, foi reduzindo a dose de insulina até ao ponto em que ela já só tomava uma UI por dia! Quando disse aos pais para não lhe darem insulina nesse dia... Bem, como imaginará, não dormiram nessa noite... A menina dormiu perfeitamente e acordou perfeitamente também. E hoje (bem, isto foi-me contado há 2 anos atrás, portanto...), com 12 anos, é uma criança não diabética perfeitamente normal.

Uma vez que passou pouco mais de um ano desde o diagnóstico do seu filho...
Não quero dar-lhe falsas esperanças e, eu próprio, não sei se não terá já passado tempo demais. Talvez sim, talvez não. Tudo o que sei foi a estória que aqui lhe relatei.

Sei que suscita dúvidas mas... Sei também como os pais (e a pŕopria criança) podem sofrer com falsas esperanças.
No entanto, a pessoa que me relatou isto tem toda a minha confiança.

Se quiser, envie-me um e-mail para diabetico.inc@gmail.com e eu tentarei pô-lo em contacto com o senhor de que lhe falo.

Melhores cumprimento,
dmc