quarta-feira, 2 de agosto de 2006

Células estaminais envoltas em controvérsia

A minha tradução de um artigo (incompleto) no Financial Times, seguido de um pequeno comentário:

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Células estaminais envoltas em controvérsia
Publicado em: 21 de Julho de 2006 03:00

O mundo continua envolto em séria controvérsia a propósito das células estaminais. O foco esta semana esteve nos Estados Unidos, onde o Congresso, infelizmente, não conseguiu ultrapassar o primeiro voto da presidência de George W. Bush; a legislação que iria expandir o financiamento da investigação sobre células estaminais embriónicas está morta, pelo menos até às eleições intermédias de Outono. Na próxima semana, o foco voltar-se-á para a União Europeia, onde os ministros da da ciência e da indústria se reunem na Segunda-feira para decidirem se a UE pode continuar a conceder fundos limitados à investigação de embriões humanos.

Em ambos os lados do Atlântico, o apoio público à investigação de células estaminais embriónicas tem vindo a crescer, conforme as pessoas se apercebem dos benefícios nédicos que poderão advir desse trabalho - incluindo desde tratamentos para o Parkinson ou lesões na espinal medula até à diabetes e à falha cardíaca. Mas uma poderosa minoria "pro-vida" permanece implacavelmente oposta a qualquer experimentação com embriões humanos, mesmo quando são ainda uma microscópica bola de células indiferenciadas, e mesmo quando os centros de fertilização in vitro os descartariam como um excedente.

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É uma questão polémica já se sabe, e só um completo idiota não terá dúvidas, independentemente da posição que escolher...
No entanto, parece-me que a frase-chave aqui será: "mesmo quando os centros de fertilização in vitro os descartariam como um excedente." Ou seja, as clínicas e centros de fertilização in vitro "descartam" (deitam ao lixo) embriões humanos que não são já necessários para a fertilização propriamente dita. Como é que isto é preferível a utilizar esses mesmos embriões para, potencialmente, melhorar o estado de saúde de uma pessoa viva, até mesmo salvar-lhe a própria vida... é algo que me ultrapassa por completo!

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